quarta-feira, 31 de março de 2010

Lendo a história e a cultura afro-brasileira


A literatura e a história do Brasil ensinada nas nossas escolas é eurocentrica, por partir de uma visão de mundo do europeu e não combinar esta com outras matrizes de conhecimento e experiência históricas tão importantes para compreendermos a nossa cultura.

As bibliografias e textos desconhecem a participação de africanos e afrodescendentes na construção intelectual e material do país. Estes descuidos sistemáticos e propositais levam à uma sub-representação de parte da população na história nacional, produzindo a sistematização das dominações e opressões. A história retratada na literatura não é coisa do passado a ser decorada, ela informa e forma quem somos nós no presente e quais papéis devemos desempenhar na sociedade atual.

Para compreendermos melhor a história do Brasil, Dagoberto José Fonseca lançou pela Editora FTD Vovó Nanã vai à escola que narra a história de Aisha e Yetundê que são primas e moram juntas na casa da avó.

Vovó Nanã nasceu na Nigéria, África, e conta muitas histórias interessantes sobre as origens africanas. Este ano ela vai ser muito importante para a Semana Cultural da escola de suas netas. Por meio da tradição da oralidade na cultura dos povos africanos, Nanã reconstrói as origens da África e do Brasil.

Uma literatura imperdível que dialoga com a introdução da História Africana nos currículos da Educação Básica e Ensino Superior. A linguagem facilita uma percepção mais igualitária das culturais diversas e abre novas perspectivas para compreensão da História do Povo Brasileiro.

Aquecimento Global

Os resultados científicos sobre a mudança climática global são contundentes. Mantido o atual padrão de desenvolvimento, as mudanças climáticas terão conseqüências graves, aumentando a probabilidade de catástrofes climáticas extremas, com profundas conseqüências para a economia, saúde, qualidade de vida e sustentabilidade dos ecossistemas naturais. Alguns cenários mostram que vastas regiões do planeta deverão se tornar inabitáveis ou muito inóspitas para a sobrevivência humana.
Três documentos recentes são leituras obrigatórias para quem pensa no futuro da Amazônia, do Brasil e do planeta: o Relatório Stern, publicado pelo governo inglês no final de 2006; o relatório do Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC), publicado pelas Nações Unidas no início de fevereiro deste ano, e o relatório sobre a Caracterização do Clima Atual e Definição das Alterações Climáticas para o Território Brasileiro ao Longo do Século XXI, publicado pelo governo brasileiro no final de fevereiro. Acrescente-se a esta lista o filme de Al Gore, Uma Verdade Inconveniente[1].
Com as discussões sobre o aquecimento global, a floresta amazônica talvez tenha sido uma das conseqüências regionais mais destacadas pela mídia brasileira. Na medida em que o ecossistema sofre com o aquecimento global nele se reduz a biodiversidade e a produtividade primária (a taxa de fotossíntese) e se alteram praticamente todas as propriedades daquele ecossistema, transformando-o em outro que não se pode dizer que seja mais ou menos adequado à utilização humana. Contudo essa questão vai depender muito também da dinâmica econômica e social da região e de como isso vai evoluir nas próximas décadas.
É necessário discutir o real papel da Amazônia como reguladora do clima, já que o ecossistema amazônico, por sua localização em uma região tropical, tem uma importância estratégica no clima global, especialmente do ponto de vista da emissão de vapor de água e de outros gases e partículas em geral em grandes quantidades. Mesmo não sendo o único regulador do clima mundial, pelo fato de ser um ecossistema com o fluxo muito intenso de vapor de água para a atmosfera, acaba tendo maior importância para o clima do que os ecossistemas temperados.
A Amazônia é responsável pela maior parte de vapor de água que forma as chuvas em toda região sul, por exemplo. Portanto, se você desmatar uma fração significativa da floresta, vai haver um impacto importante na precipitação e, consequentemente, no clima do sul do país. A Amazônia é a maior região florestal e hidrográfica do mundo. Ocupa grande parte do hemisfério setentrional da América do Sul, correspondendo a 42% do território nacional.
É a ocasião em que a pesquisa interdisciplinar, nas Escolas, e a conscientização suscitam iniciativas e ações eficazes de valorização e defesa da vasta e ameaçada região brasileira.


[1] A maioria conhece o político Al Gore somente pelo fato dele ter sido derrotado por George W. Bush na campanha eleitoral pela presidência dos EUA em 2000. Aqui, o cineasta mostra seus esforços de Gore a fim de alertar a população mundial em relação ao super-aquecimento global. Gênero – Documentário. 100 min. Distribuidora Paramount.

Um diálogo criativo entre moda e literatura

Moda[1] e literatura[2] são dois instrumentos que escreve e conta a história. A universalidade e atemporalidade construída pela literatura são retratadas autenticamente pela coleção “A cobra: ri”, do estilista Ronaldo Fraga, quando este homenageia Guimarães Rosa por meio de roupas, criadas para o verão 2007.
Ele molda a obra literária Grande Sertão – Veredas, de Guimarães Rosa, ao meio em que o sujeito vive ao viajar pelo universo do sertão árido, empoeirado e cheio de tamanduás, cobras, onças, capivaras. Toda esta atmosfera foi estampada primorosamente em peças com uma silhueta ampla, solta e fresca. Isso porque Ronaldo Fraga motiva, através da moda, que se conheça a literatura, que se pesquise e use-a socialmente, a fim de propagar a cultura.

Incentiva Ronaldo Fraga a curiosidade do sujeito para saber, fazer, sentir. Semprini (1995, p.57) sobre isso afirma que “qualquer que seja o mundo proposto, todos têm em comum seu caráter de sugestão aberta na qual se convida o destinatário a adotar um papel ou a ocupar um lugar nesse mundo aderindo a ele”. Por isso o estilista aliou-se à Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais com o intuito de homenagear o cinqüentenário de Guimarães Rosa, e durante o desfile, trechos do "Grande Sertão - Veredas" são citados, como “Viver é um negócio perigoso”, que se repete em diversas versões ao longo do livro. Viver é perigoso, mas para a coleção de Ronaldo Fraga pode e deve incluir poesia, leveza e bom humor.
A literatura mistura-se com a moda no universo seco de Ronaldo Fraga; Por isso ao retratar o sertão, não existe a necessidade do desperdício de detalhes. A coleção fala de um sertão, que embora seja seco, cheio de armadilhas, há também cores, cheiros e texturas. Ainda questões existenciais como o bem e o mal, o Deus e o Diabo, o amor e a natureza, são revisitados pelo estilista, até que o segredo do personagem Diadorim[3] se revela. No espírito do romance entre Riobaldo[4] e Diadorim (Grande sertão), o homem é mais frágil que a mulher e a alfaiataria cria uma Diadorim atual, a mulher-homem com terninhos curtos e largos, que esquece a vaidade para tornar-se mais forte.
E como moda e cultura une-se nesta coleção , Fraga finaliza o desfile distribuindo exemplares do livro do autor para a platéia, o tapete feito de serragem com desenhos inspirados na obra de Guimarães Rosa respaldou a coleção e o estilista no final do desfile quando este distribuiu livros para o público.


[1] Segundo o dicionário Aurélio eletrônico, versão 3.0, editora Nova Fronteira. Moda é o “uso, hábito ou estilo geralmente aceito, variável no tempo, e resultante de determinado gosto, idéia, capricho, e das interinfluências do meio. Uso passageiro que regula a forma de vestir, calçar, pentear, etc.”
[2] Segundo o dicionário Aurélio eletrônico, versão 3.0, editora Nova Fronteira. Literatura é “arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso.”
[3] Diadorim é uma personagem de Grande Sertão – Veredas que se mostra, aparentemente, impossibilitada de exercer seu papel de mulher. Trata-se de representar não dois papéis, correspondentes um ao mundo masculino e outro ao feminino, mas de vivenciar um terceiro papel — resultado dessa integração — com a necessidade de que um não aniquile o outro.
[4] Riobaldo é um personagem que se vê enredado em uma relação diferente, marcada pela contradição, pela angústia, pelo desejo carnal, pelo amor e pelo ódio, emoldurada pela perplexidade, pela tensão e pela obsessão de um amor impossível, uma paixão absoluta por Diadorim. Caracteriza-se, portanto, uma situação amorosa, inusitada, e instaura-se no jagunço uma luta interior, uma hesitação entre a dor e o gozo, permanecendo a constante dúvida: rejeitar ou aceitar o amor obscuro e nebuloso que ele encontra em Diadorim.


SEMPRINI, Andréa. El Marketing de la marca. Trad. Do italiano para o espanhol. Tereza Goñi. Barcelona. Ediciones Paidós Ibérica S.A., 1995.

Moda, percepção e visualidade – crítica de “Janela da alma”

A janela da alma faz[1] revelações inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão. Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem os outros e como percebem o mundo.
A questão do documentário é como devemos agir para não ferir o direito do outro e respeitar o bem comum? Nosso olhar está acostumado com o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens, assim os personagens do filme nos dão uma lição de observação mesmo com algumas limitações, porque eles conseguem perceber detalhes que homens com perfeita visão não conseguem enxergar. Por exemplo, aquela sensação de “puxa”, eu passo todo dia aqui e só hoje é que eu vim ver isso; ou eu passo todo dia em frente e nunca percebi. Assim ressalta-se a importância das emoções como elemento transformador da realidade.
A falta de "atenção" com a vida exige uma conduta ética antes de uma tomada de posição. Uma atitude. Por isso, antiético é a indiferença. Como exemplo desta, temos as classes dirigentes e das elites em relação aos pobres, que são vistos como "coisas", não como pessoas, assim quem não foi reconhecido como cidadão também passa a não reconhecer o valor do outro. A explosão da violência urbana é o resultado da indiferença dos excluídos em relação às elites. Por fim, o das elites em relação a elas mesmas, porque, enquanto o caos toma conta das cidades, multiplica-se o consumo de tranqüilizantes, antidepressivos e drogas, como a cocaína.
Diante de uma sociedade que parece desabar, para “Janela da alma”, é moda salvar a si mesmo, já que a falta de um projeto coletivo, a busca pelo sucesso individual, pelo bem-estar e realização pessoal se torna cada vez mais importante. Da mesma forma, o horror ao fracasso.
No Brasil hoje o que exige a “atitude” não é tanto a quantidade de crimes e escândalos políticos que vemos todos os dias nos jornais, mas a absoluta indiferença com que reagimos a indiferença. Este é o sinal de “Janela da alma”. É moda visualizar e perceber um desejo de destruir o que não temos coragem de transformar.


[1] Janela da Alma, filme do gênero Documentário, direção de João Jardim e Walter Carvalho. Ravina Filmes, 2002. O escritor e prêmio Nobel José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão.

domingo, 28 de março de 2010

Jogo Ler é Preciso

O Jogo Ler é Preciso foi baseado no livro “Inventário do que podia ser bem melhor e será”, do Instituto Ecofuturo.

A publicação é resultado da sexta edição do Concurso de Redação, do qual participaram crianças, jovens e adultos que frequentam os bancos das escolas, por meio do envio de redações. Incentivo que contribui para a formação de leitores como também para o professor e mediador da leitura visualizar a versatilidade dos gêneros emergentes da internet que fazem parte do universo globalizado do leitor do século XXI.

As 264 páginas do livro reúnem 62 textos escolhidos pelos jurados do concurso. A compilação apresenta em forma de inventário, um quase-dicionário de pensamentos, crenças e sentimentos do nosso povo nesta primeira década do século XXI.

Professor, que tal propor aos seus alunos as perguntas “Onde fica o melhor lugar do mundo?”, “Qual é, mesmo, a vida que a gente quer?” como ponto de partida para uma redação?

Assim, a sua classe pode construir um “inventário” particular!

Agora vamos conhecer o jogo? Pois Ler é Preciso!



E boas leituras!

sábado, 27 de março de 2010

Por um Ensino Médio melhor!


As Políticas Educacionais existem, visto que o Ministério da Educação, através, de planos de metas educacionais, valida o que é proposta na Constituição Federal, 1988: "Conjugação dos esforços da União, estados, Distrito Federal e municípios, em regime de colaboração das famílias e da comunidade, em proveito da melhoria da qualidade da Educação Básica". (Constituição Federal, 1988)

Agora, pensar a melhoria da educação brasileira, em foco a do Estado do Ceará, tendo em vista o sistema de colaboração previsto em Constituição, 1998, requer uma organização primeira da Secretaria de Educação do Estado (SEDUC), inclusive, vale salientar que muitas ações estão sendo revistas pelo Governo em exercício e as escolas públicas que garantem o trabalho com seriedade já sentem a diferença em seus indicadores de qualidade.

Segundo, defendo, particularmente, ações inovadoras e representativas para a sociedade a fim do replanejamento das ações para a alfabetização das crianças até os oito anos; do combate à repetência; da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais; da implantação de plano de carreira, cargo e salário para os educadores; da fixação de regras para nomeação e exoneração de diretores; e da promoção de gestão participativa nas redes e fomento dos conselhos escolares. Inclusive essas são algumas das 28 diretrizes que compõem o Compromisso Todos pela Educação, que estabelece referências em qualidade de aprendizagem, disponibiliza assistência técnica e financeira e responsabiliza-se pelo monitoramento dos resultados nas regiões signatárias do Compromisso.

Alguns programas estão sendo relevantes para integrar inicialmente o Estado do Ceará em regime de colaboração que foram criados e estão em regime de projeto piloto pelo atual governo como Projeto Primeiro aprender, Programa e-Jovem e Lei do Prêmio Aprender pra Valer. Li os objetivos de cada projeto, mas não as experienciei, no entanto pude perceber que as ações metodológicas, se aplicadas com compromisso, rendem boas experiências que favorecerão a qualidade da educação. Discorro dessa forma porque, acredito na educação bem como defendo o trabalho participativo e questionador que essas Políticas Educacionais propõem em suas ações.

Dessa forma ressalto que tais elas contribuem sim, para a melhoria da educação no nível em que foram implantados, porém é necessário que os professores tenham qualificações específicas e estejam estimulados para desenvolverem com os alunos os projetos pedagógicos, moldando-os de acordo com o perfil dos estudantes, da comunidade e gestão democrática.

Partilhar o saber é a solução


O Governo do Estado do Ceará, em sua particularidade, propõe o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (SPAECE), analisando as escalas de proficiência disponibilizadas no site da Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC), percebemos índices ainda muito baixos, embora já tenham apresentado melhorias.

Na realidade, temos uma legislação consistente, porém utópica. As leis que regem a Educação no Brasil hoje, como a Constituição Federal, 1988 e a Lei de Diretrizes de Base da Educação, LDB 9394/96, esta que é baseada no princípio do direito universal à educação, aborda questões como a vinculação entre escolas, trabalho e práticas sociais. Apesar da valorização sensível à situação educacional do País, a legislação para os governantes de Estados e municípios dificilmente será cumprida em sua totalidade. No entanto a SEDUC CE como outros estados da federação tem criado ações positivas com foco na avaliação para impulsionar discussões e práticas de como ensinar para o aluno aprender.

Em destaque neste o SPAECE, que fornece subsídios para formulação e monitoramento das políticas educacionais. Além de possibilitar aos professores e gestores um diagnóstico situacional da educação oferecida na rede pública de ensino. Conforme percebemos nas escalas de proficiência de Língua Portuguesa e Matemática, os índices precisam ser melhorados e muito. Pergunta-se então: o que os professores e gestores das Escolas de Ensino Médio do Ceará podem fazer para que as médias obtidas pelos seus alunos possam melhorar nas próximas avaliações promovidas pelo SPAECE?

Partilhar saber é a solução. Na Educação o erro precisa ser usado para melhorar a profissão. Vivemos hoje na era da informação e do conhecimento e precisamos nos conscientizar de que um bom professor cria soluções inteligentes para ensinar conteúdos; Na sociedade em que vivemos, temos duas opções: ninguém pode saber ou minha prática é boa e preciso partilhar para contribuir com a melhoria da aprendizagem. Nesse ponto, a Educação do mundo precisa maturar para crescer.

Atrair os profissionais mais capacitados para ensinar. Temos a ciência de que os salários não são bons. Daí a necessidade do Governo do Estado rever o piso salarial dos professores como também promover ações de valorização e crescimento para os profissionais do magistério.

Estudar o resultado da avaliação externa, tendo em vista que fornece informações detalhadas sobre o desempenho de alunos e professores. Os dados apresentam também os pontos que precisam ser melhorados, servindo mais como um diagnóstico e menos como uma amostra do nível onde se está.

A par da análise detalhada e estudada dos resultados do SPAECE, os professores e gestores repensam a prática em sala de aula, valorizam a educação e principalmente os seus profissionais.

Os maestros da educação


A linguagem no seu âmbito geral é construída por metáforas e não posso deixar de empregá-las quando visualizo três funções importantes para a construção da aprendizagem e cidadania. Maestro, diretor, professor. Todos são líderes e regem uma equipe com o intuito primordial de desenvolver habilidades e competências que serão utilizadas em sociedade.
O maestro segue sua partitura e é responsável pelo andamento e pela dinâmica da música. O diretor administra leis e normas e cuida da dinâmica da escola. E o que dizer do professor? Emprego agora a soma do maestro e diretor, pois o professor dinamiza, administra, cuida... Os três servem ao público e merecem ser aplaudidos.
O Plano de Metas do Diretor (PLAMETAS) é uma orquestra. Mais uma metáfora para focalizarmos a construção do Projeto Político Pedagógico da Escola, PPP, tendo em vista que escolhemos esta ação educacional para ratificarmos a dinâmica, a administração e o cuidado do professor, porque é ele que está em sala de aula e sabe das reais necessidades da escola e dos alunos. É o professor em colaboração e união com o diretor que gerirão democraticamente e participativamente as condições de trabalho dentro da escola, a fim de criar ações para a melhoria e o desenvolvimento da aprendizagem e da cidadania.
No entanto é importante saber equilibrar o que delega e lidera tanto o maestro e o professor quanto o diretor com colaboradores, enfatizo-os através dos músicos, os alunos, quer tenham ou não talentos complementares.
Ações práticas devem ser desenvolvidas por maestro, diretor e professor: delegar planos diários e de longo prazo, liderar iniciativas inovadoras, cuidar da participação da comunidade e amar. Sim! AMAR! Pois a sociedade necessita de caminhos sensíveis, de talentos desenvolvidos, para amenizarmos os problemas sociais.
Dialogue você também, professor, com os maestros da educação.

A preocupação é com a qualidade do ensino

É um clichê dizer que, nós, brasileiros, sempre temos os piores índices quando o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) é divulgado. Conforme se analisa na figura que disponibiliza o resultado do PISA (2006), o Brasil ficou em 53º lugar em Matemática, 52º em Ciências e em leitura, fomos o 48º entre 57 participantes.

Por isso pergunta-se nesta discussão: O que os governos federal e estadual podem fazer para melhorar os resultados apresentados? Que estratégias cada escola de Ensino Fundamental pode adotar para que os impactos desse problema possam ser minimizados nas escolas de Ensino Médio? Qual o papel do professor de Ensino Médio na melhoria do desempenho dos alunos nos três focos de aprendizagem avaliados?

Temos que salientar que a Educação como outros segmentos do governo no Brasil tem merecido mais atenção dos nossos governantes e que enfatizar também que uma das principais preocupações do Fernando Haddad, Ministro da Educação, é a cobrança da execução das metas do Plano Nacional da Educação (PNE), critico talvez a fiscalização, mas cobra-se. Agora é que estamos implantando a cultura da avaliação de resultados nas escolas devido aos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB), deduzidos pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e Prova Brasil, cabe ressaltar que esses resultados validam o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).

Para melhorarmos os índices, parafraseamos a Constituição Federal, 1988, quando propõe o trabalho por regime de colaboração entre União, Estados/Distrito Federal e municípios. Aos governos federal e estadual propomos que se repense os objetivos para as suas redes de ensino, tendo em vista que todo aluno é capaz de ter um bom desempenho. Claro que respeitaremos a trajetória particular de cada criança e de cada adolescente. Ainda que se ofereça soluções para o fracasso escolar aos sistemas educacionais a fim de que os professores possam usá-las.

Às escolas do Ensino Fundamental propomos que se reconheça e se aceite a diversidade. Validamos que essa escola deve lidar de forma construtiva com a diferença, sabemos inclusive que é um grande desafio, mas todos nós temos as nossas peculiaridades em relação a como aprendemos. Por isso o campo do Como ensinar tem sido hipótese de muita investigação a partir da década de 90 por pesquisadores.

Aos professores tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio propomos um trabalho em conjunto e em articulação com grupos locais para formular as propostas mais adequadas à realidade de cada lugar, retomamos o sistema de colaboração participativa na ação educativa.

Enfim um envolvimento muito maior dos educadores na tomada de decisões sobre como ensinar, valorizando a soma, a recombinação e a síntese dos saberes de diferentes campos proporcionariam um crescimento para a melhoria dos índices avaliativos inicialmente no Brasil e posteriormente na participação de brasileiros no exterior.

Livros Digitais

Universidade lança coleção de livros digitais para download gratuito

Imagens da Leitura! Imperdível! A Universidade Estadual Paulista (Unesp) lançou a primeira coleção de livros digitais, com 44 títulos produzidos pelos pesquisadores de sua pós-graduação. Sem versão em papel, as obras podem ser baixadas integralmente e de forma gratuita.

“A universidade pública é mantida com o dinheiro de todos nós. Então, é importante não só gerar conhecimento e conteúdo dentro da instituição, mas devolver isso à população para que ela possa ter acesso, ler e julgar esse teor. Um conhecimento produzido para o bem comum”.

As primeiras 44 publicações contemplam as áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais e Aplicadas, Linguística, Letras e Artes. O projeto prevê a publicação de 600 livros eletrônicos em dez anos. Os próximos 58 têm lançamento previsto para o final deste ano.

Confira no site: http://www.culturaacademica.com.br/

E boas leituras!