sábado, 27 de março de 2010

A preocupação é com a qualidade do ensino

É um clichê dizer que, nós, brasileiros, sempre temos os piores índices quando o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) é divulgado. Conforme se analisa na figura que disponibiliza o resultado do PISA (2006), o Brasil ficou em 53º lugar em Matemática, 52º em Ciências e em leitura, fomos o 48º entre 57 participantes.

Por isso pergunta-se nesta discussão: O que os governos federal e estadual podem fazer para melhorar os resultados apresentados? Que estratégias cada escola de Ensino Fundamental pode adotar para que os impactos desse problema possam ser minimizados nas escolas de Ensino Médio? Qual o papel do professor de Ensino Médio na melhoria do desempenho dos alunos nos três focos de aprendizagem avaliados?

Temos que salientar que a Educação como outros segmentos do governo no Brasil tem merecido mais atenção dos nossos governantes e que enfatizar também que uma das principais preocupações do Fernando Haddad, Ministro da Educação, é a cobrança da execução das metas do Plano Nacional da Educação (PNE), critico talvez a fiscalização, mas cobra-se. Agora é que estamos implantando a cultura da avaliação de resultados nas escolas devido aos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB), deduzidos pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e Prova Brasil, cabe ressaltar que esses resultados validam o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).

Para melhorarmos os índices, parafraseamos a Constituição Federal, 1988, quando propõe o trabalho por regime de colaboração entre União, Estados/Distrito Federal e municípios. Aos governos federal e estadual propomos que se repense os objetivos para as suas redes de ensino, tendo em vista que todo aluno é capaz de ter um bom desempenho. Claro que respeitaremos a trajetória particular de cada criança e de cada adolescente. Ainda que se ofereça soluções para o fracasso escolar aos sistemas educacionais a fim de que os professores possam usá-las.

Às escolas do Ensino Fundamental propomos que se reconheça e se aceite a diversidade. Validamos que essa escola deve lidar de forma construtiva com a diferença, sabemos inclusive que é um grande desafio, mas todos nós temos as nossas peculiaridades em relação a como aprendemos. Por isso o campo do Como ensinar tem sido hipótese de muita investigação a partir da década de 90 por pesquisadores.

Aos professores tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio propomos um trabalho em conjunto e em articulação com grupos locais para formular as propostas mais adequadas à realidade de cada lugar, retomamos o sistema de colaboração participativa na ação educativa.

Enfim um envolvimento muito maior dos educadores na tomada de decisões sobre como ensinar, valorizando a soma, a recombinação e a síntese dos saberes de diferentes campos proporcionariam um crescimento para a melhoria dos índices avaliativos inicialmente no Brasil e posteriormente na participação de brasileiros no exterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário